quarta-feira, 22 de junho de 2011

Coraçãomente: pensamento, pensamor...

“Amigo? Aí foi isso que eu entendi? Ah, não; amigo, para mim, é diferente. Não é um ajuste de um dar serviço ao outro, e receber, e saírem por este mundo, barganhando ajudas, ainda que sendo com o fazer a injustiça aos demais. Amigo, para mim, é só isto: é a pessoa com quem a gente gosta de conversar, do igual o igual, desarmado. O de que um tira prazer de estar próximo. Só isto, quase; e os todos sacrifícios. Ou ― amigo ― é que a gente seja, mas sem precisar de saber o por quê é que é.”

ROSA, João Guimarães. Grande sertão: veredas. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 19. ed., 2001, p. 196.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

"No palco, na praça, no circo, num banco de jardim, correndo no escuro, pichado no muro... Você vai saber de mim."

Nós mulheres por Chico Buarque:
É sempre um grande mistério a alma feminina. Eu tenho uma grande curiosidade com relação à mulher, como ela pensa, como ela age.
Eu sou um espectador, um vouyer, um vedor de mulher.
Gosto de ver como elas se movem, como elas raciocinam, como elas reagem diante das coisas.
É sempre uma surpresa pra mim. Não acaba. Conversa não resolve nada, você fala, fala, fala, mas há coisas que permanecem numa zona de mistério.
Eu me considero um grande desconhecedor da alma feminina.
Ao contrário do que se fala, virou um lugar-comum por causa das canções e tal…
Mas eu sou um sujeito muito curioso exatamente por desconhecer, por querer saber, querer entender e não entender nunca...